“Em tempos de TERRORISMO nutricional, comer SEM NEURA é como um insulto.”
Ouvi essa frase outro dia… fiquei pasma, especialmente por ver certa verdade nela.
Pois é, estamos vivendo o tal TERRORISMO nutricional. É um bombardeio de informações de todos os tipos e categorias…. lógico que tem informação boa e relevante, mas também tem (muito) sensacionalismo. Enfim, é triste ver pessoas com medo de se alimentar por já não saber o que é bom ou ruim.
Normalmente eu gosto mesmo é do caminho do meio… de ver você ter uma relação tranquila e de gratidão com os alimentos! Afinal, é tão gostoso comer!! rsrs
Por isso, cá estou.
comece pelo começo: [PRESTE ATENÇÃO] em você
O que é bom para você pode não ser bom para mim.
Aliás o que é bom para você hoje pode não ser bom nem para você semana que vem! Rsrs
uhum…. depende do seu corpo, ué!
Quando você começa a prestar atenção nos sinais do seu corpo (de verdade) e respeitar esses sinais, aos poucos vai percebendo quais alimentos são melhores para você ou quais alimentos seu corpo precisa nessa fase.
Prestar atenção aos sinais do seu corpo não é cair na barra de chocolate de qualquer tipo como recompensa por um dia difícil sem nem sentir o sabor; é perceber que em dias difíceis você procura por uma recompensa e talvez seja preciso encontrar uma solução definitiva para lidar com esses dias difíceis.
Prestar atenção no seu corpo pode ser simplesmente perceber a diferença entre fome e sede!
Ou perceber que se toda vez que você consume leite sente distensão abdominal, leite não é bom para você, por isso o melhor caminho é evitar o leite em respeito ao seu corpo. Não quer dizer que leite é bom ou ruim (fora as considerações filosóficas), apenas quer dizer que não é bom para você. Prestar atenção no seu corpo te estimula a escolher os alimentos não pelas calorias, mas pelo bem estar que te proporcionam (ou não).
será que é [BOM] ou [RUIM]?
Gostaria de dizer que não existe alimento ruim, mas minha consciência não deixa.
Posso dizer com toda confiança que não existe alimento de verdade que seja ruim.
[açúcar, embutidos, temperos prontos, refrigerantes, salgadinhos
de pacote, bolachas recheadas, gomas de mascar, suco em pó]
são ruins…. e não são alimentos de verdade.São alimentos de calorias vazias, ou seja, nada de nutriente e muitos aditivos e compostos que sobrecarregam o organismo! Esses não caberiam nem no meu caminho do meio! Rsrs
como [ESCOLHER] o que comer
Comida de confiança é sempre a melhor escolha, lógico. E confiança para mim é bem romântico ! É saber que foi feita com boa intenção (c/ amor mesmo), que utilizou ingredientes de qualidade que respeitam toda a cadeia de produção (orgânicos/ pequenos produtores), que tem cuidado com o desperdício e com o meio ambiente.
Onde tem isso? Em casa…. e em alguns restaurantes escolhidos a dedo.
Então vai ter que carregar marmita para cima e para baixo independente de onde vai? Logico que não!
Se no dia a dia a comida é de verdade preparada por pessoas de confiança, tudo bem comer em lugares desconhecidos vez ou outra (com certo critério né, intoxicação alimentar não é gostoso! ) por necessidade ou simplesmente pelo prazer de estar com as pessoas que estarão lá! Tudo bem se não for orgânico, se foi preparado com óleos vegetais refinados e temperos prontos, se o grão não foi deixado de molho (bom…. nesse caso talvez sinta gases! ). Tudo bem comer esses alimentos, contanto que essa não seja a rotina.
E se você come em restaurante todos os dias ?
Minha primeira opção seria levar marmita. Se não desse, escolheria o restaurante a dedo e na pior das hipóteses, teria um super – super cuidado para ter as melhores escolhas nas outras refeições do dia!
[ORGÂNICOS] a todo custo?
Lógico, o ideal é que os alimentos sejam sempre orgânicos, afinal, é a única forma de realmente não consumir resíduos de agrotóxicos. Sim, resíduos de agrotóxicos podem aumentar o risco de (muitas) doenças, mas entre não comer e comer com resíduos de agrotóxicos: coma, ué! E aos poucos procure priorizar a compra de orgânicos especialmente para os alimentos mais contaminamos com esses resíduos.
a [CARNE] é fraca…. e agora?
aí! Esse ponto é difícil para mim, afinal fui diminuindo o consumo de carnes há 3 anos e hoje em dia praticamente não como (ainda roubo uma mordida de peixe as vezes). Vamos pela lógica? Não dá para comer carne vencida e disfarçada de boa. Ideal seria saber a realidade da produção e manejo, uma alternativa é ficar de olho na fiscalização e preferir orgânica.
Para os peixes talvez seja mais fácil, a estratégia pode ser comprar fresquinho no litoral ou direto com produtores (por exemplo, tem um tanque de tilápia aqui perto em Cabreúva). De qualquer forma, ninguém precisa de carne em todas as refeições, consumir carnes apenas em uma refeição por dia é uma linda estratégia de preservação do meio ambiente e cuidado com o seu corpo!
Sobre os processados de carne (nuggets, hambúrguer, salsicha, linguiças, presunto, mortadela), nem tenho o que falar. Vou deduzir que você já sabe que não é comida, que é apenas uma massa de temperos, aditivos e alguns ingredientes duvidosos. Esses alimentos altamente processados são ruins mesmo, não é terrorismo não! Quando menos, melhor! Aliás, melhor mesmo é não comer. Quer hambúrguer? Escolha o “feito em casa” com carne moída e temperos. Quer nuggets? Escolha o caseiro, feito com frango e temperos.
[feito em casa] e [caseiro] pode ser daquele açougue ou casa de hambúrguer, o importante é confiar na escolha dos ingredientes e no cuidado de quem faz.
corta o [CARBOIDRATO]
Calma lá! O cérebro funciona a base de carboidrato, o músculo usa carboidrato para o ganho de massa muscular … nosso organismo usa carboidrato como principal fonte de energia para viver e se recuperar (logico que existem vias alternativas, mas a principal é a via do carboidrato). Resumo, não dá para simplesmente cortar ele assim não.
Mas para muitas pessoas dá para diminuir… bem!
[pão com geleia no café da manhã, biscoito integral no lanche, arroz, farofa
e sobremesa no almoço, bolo no lanche da tarde e lanche para o jantar]
Se identificou? É…. tem carboidrato sobrando na alimentação da maioria das pessoas, adequar a alimentação incluindo outros grupos alimentares acaba diminuindo um pouco a quantidade de carboidrato. Trocas inteligentes com a inclusão de alimentos complexos, aumentam a densidade nutritiva dessas fontes de carboidrato, que passam a oferecer nutrientes e fibras, além de energia. Não tenha medo, carboidrato é vida!
E tem o outro lado da moeda. Carboidrato é vida sim, mas açúcar não entra nesse grupo! Ninguém precisa de açúcar ou qualquer variação de açúcar, a necessidade desse pozinho branco pode ser consequência de desequilíbrio orgânico ou emocional. Para ambos existe solução. Ideal mesmo seria excluir todo açúcar refinado, diminuir (muito) os outros (demerara,, mascavo, coco) e usar apenas o doce das frutas frescas e secas .
Na prática? Deixe doces fora da rotina. Quando a decisão for pelo prazer do paladar, prefira doces preparados com açúcar demerara, mascavo ou mel, pois pelo menos tem alguns nutrientes. E no dia a dia….. adoce com frutas ou frutas secas!
Aí vem e exceção: quando estiver frente a frente com aquele doce que te lembra da infância, feito com ingredientes sem critério algum (açúcar e farinhas refinadas), tudo bem comer um pedaço! Seu corpo vai saber o que fazer com ele, não vai ser nada ruim para você. Esse é o caminho do meio.
Ufa! Paro por aqui…. espero (de coração ) que você reflita suas escolhas alimentares e tenha em mente que PENSAR no que come pode ser bom e SENTIR o que come é ainda melhor.
E não se preocupe com as exceções esporádicas. Afinal, são ESPORÁDICAS!
beijos mil
ahh…as fotos foram propositalmente escolhidas! rs São da minha última viagem, para Portugal e Espanha.
Sim, provei alimentos que normalmente não consumo… mas também comi sopinha de legumes algumas vezes quando meu corpo pediu comida “normal pra mim” e a tal sopa era a única opção. Quer saber? Voltei super inchada, mas em 1 semana de rotina, já estava normal de novo. Se valeu a pena? Coom certeza! Foi incrível ter a oportunidade de experimentar tantos sabores!!!
0 comentários